terça-feira, 15 de junho de 2010

APESAR!


Chorei ao ver aquela
Criança na rua
Chorei ao ver a vida
Tornando-se inútil e crua

Chorei ao pensar naquela
Mulher desamparada a se vender
Chorei ao ver você
A burguesia hipócrita se render

Mas...

Sorri quando notei
Que ainda em mim
Podia ver a
Esperança renascer
Como o sol nessa
Manhã cinzenta
Como a lua que
Ilumina os “separados”
No entanto,
Sei que não posso
Aqui ficar parado
Quando lá fora vejo
Meus filhos sendo
Assassinados...
(Jackson Chagas Cardoso de Melo)

QUERER INCERTO



Quero sentir teus lábios nos meus
Como sinto o toque calmo da brisa
Que vem como a morte
Sempre voraz e sultil
Sinto vontade de não mais
Ter está vontade em meu ser
De não ter o que querer

Sinto vontade de ser
O que realmente não
Sei se é

Tenho vontade de não ter
Ao que temer
De não temer mais
O horror do perder
De acostumar-me com
A simples e inevitável
Predestinação do amanhecer
(Jackson Chagas Cardoso de Melo)